segunda-feira, 31 de outubro de 2016

RIO - CEVICHERIA LA CARIOCA

 CEVICHERIA  LA CARIOCA 




Rio é cara, assustadoramente cara; mesmo para nos que moramos em sampa, os preços da hotelaria e da gastronomia são em muitos casos, absurdos... mas vão aqui dou uma sugestão gastronômica para sair comer fora comendo bem e sem sair com uma faca nas costas.

O ceviche cai que nem uma luva com o clima do Rio: é fresco, e se como no caso deles ainda por cima é saboroso, farto e com preço camarada a equação fecha por todos os lados.
Ainda mais, a localização é ótima: uma requintada esquina no coração de Ipanema.


Fomos de mix de ceviches (35), perfeitamente executado; uma grande pedida que compõe uma farta e suculenta entrada a dividir.



O de salmão gostou tanto que fizemos o repeteco no almoço do dia seguinte: carnudo, super colorido e o molho com gengibre na medida certa, aportando ao produto final sem ser invasivo (foto do capa).




Os arrozes (35) deram outro show: O primeiro com generosos camarões e o oriental (foto) com peixe branco feito em tempura e um arroz super especiado com pimentão vermelho e ovos partidos 

Sabendo pedir, a refeição pode sair até por 160/180 reais o casal, o que em Ipanema, nessa qualidade de produto e localização é quase um milagre!



La Carioca
Rua Garcia D´avila esquina com a Redentor





sexta-feira, 21 de outubro de 2016

DR.BEER & MR.WINE - CATAS & HARMONIZAÇÕES

  HONESTÍSSIMA PROPOSTA EM PALERMO SOHO  





Em Buenos Aires as propostas de degustações de vinhos e de harmoniza-las com comida ganham cada vez mais força e não é fácil para quem vem de fora acertar em cheio com a escolha.
Existem catas exclusivas, glamorosas, em diversas línguas, mas esta aqui, a de Dr.Beer & Mr.Wine achei super honesta, preço camarada, degustação de vários vinhos, comandada por um cara que manja e muito de vinhos como Diego Kostic.


Aqui não tem glamour, nem tanta pompa, mas o lugar é aconchegante e a experiencia como um todo altamente positiva.















Talvez a cozinha precise se ajustar um pouco, mas a proposta como tal eu não perderia se passo uma quinta ou sexta feria em Buenos Aires.
Por menos de 20 dólares tivemos direito a degustação de dois brancos e três tintos, e que no nosso caso foi dividindo a Argentina por regiões, harmonizando com a cozinha das Províncias escolhidas.






Falando dalguns vinhos apresentados, La Rioja aportou um torrontés expressivo, enquanto Mendoza um Malbec gran reserva 2010 da vinícola Bapteme: concentrado, intenso, talvez não tão elegante, mas com personalidade.
Os 18 messes de barrica deram corpo ao vinho, bom exemplar e que é vendido na própria loja a bom preço.















Enquanto a comida, começou fraca com om bolinho de peixe frio, mas que deixou luzir o torrontes riojano escolhido como par de harmonização.

Os "Bifes al Malbec", filezinhos cortadinhos reduzidos em Malbec com arroz, embora saborosos, pecaram pela falta de temperatura adequada, mas acompanhou e bem ao Bapteme Gran Reserva.


A Província de salta foi representada culinariamente falando pela "humita con carne" um tipo de escondidinho de carne com milho...diferente e gostoso.


 A estrela da noite foi a sobremesa: um queijo de cabra curado, intenso, que se complementou fantasticamente com o membrillo (goiaba) e a papaia.



A Patagônia argentina aportou o cordeiro (algo seco) com batatas, harmonizado surpreendentemente com um merlot jovem da vinícola Miras, o cara também é enólogo da vinícola Fin del Mundo e este o seu projeto pessoal.
Tinha tudo para dar errado, carne pesada com vinho jovem e ainda Merlot, mas em certa forma funcionou.























O strudel de maçã não provocou suspiros, mas deixou um bom final de boca geral.



Destaque também para a qualidade do chocolate numa das sobremesas apresentadas na primeira região.



O Miras Pinot Salvaje é esquisitão, mistura de pinot noir com sauvignon blanc que deu como resultado um vinho diferente, único, mas não para todos os paladares: pimentão verde omnipresente, um branco muito azedo que divide águas e opiniões, mas eu que tinha vontade de conhecer, agradeço que tinha sido incluso.














Em resumo, noite diferente, bons vinhos, boas explicações e conhecimentos do anfitrião Diego, mesa compartilhada que sempre gera novos contatos e por um preço bem camarada, dando uma alternativa em saídas para a noite de Buenos Aires.
Sigam eles no Face, onde sempre aparecem as futuras catas, degustações e promoções.

Dr. Beer & Mr. Wine

Gurruchaga 1876
Coração do Palermo Soho - Buenos Aires

terça-feira, 18 de outubro de 2016

BUENOS AIRES - LA PAROLACCIA

  IMBATÍVEL   





O cambio desfavorável e a alta inflação na Argentina encareceram todos os produtos de consumo para quem viaja desde o Brasil pra lã, e isso incluem claro, os vinhos e o sair comer fora, os dois pilares deste blog.

Essa maré contra obriga a aguçar o ingênio e saber onde gastar e bem os seus reais, onde eles valem mais de fato... La Parolaccia  é um desses lugares.

La Parolaccia é uma rede de modernos restaurantes italianos distribuídos em vários bairros nobres da cidade, com uma alto padrão na qualidade do produto sem que isso signifique ser esfaqueado na hora de chegar a conta.

O menu executivo deles é imbatível: por 240 pesos, uns 52 reais se você trocar bem o seu dinheiro, se tem direito a uma entrada, um principal e uma sobremesa dum menu bem amplo e extenso; mas é muuuuito bem mais do que isso.

Localização privilegiada (tem três restaurantes no Puerto Madero), ambiente requintado, cozinha de alto padrão que não cai de patamar ao meio-dia e uma formula que não deixa ninguém sair descontente.


A experiencia é realmente completa,  e começa com o welcome drink que pode ser um espumante, um Campari ou um Bellini.
Já na mesa, o excelente azeite de oliva Zuccardi espera pacientemente a um dos grandes segredos do lugar: o aditivo couvert de pãezinhos quentes e bolachas de parmesão decididamente irresistíveis.



Nas entradas, o menu da muitas opções, nôs fomos com esta deliciosa berinjela gratinada e as lulas e zucchinis fritos.
A berinjela é uma grande pedida, porção abundante para uma entrada, um molho equilibrado e delicado e um bom queijo usado para o gratinado; Show!


Não ficam atras as lulas e os zucchinis, que vira sempre a minha pedida, leveza na fritura, lula carnuda, zucchini simpático; a porção não é farta, mas justa considerando o couvert e que ainda o principal e a sobremesa estão por vir.

Já nos principias nos sempre vamos de massas, que é a essência do restaurante, mas no menu do meio dia existem amplas e variadas opções de peixes e carnes.
O nhoque de espinafre no molho alfredo é contundente. A leveza dos souffles de espinafre harmoniza e bem com o molho Alfredo algo mais pesado: creme, presunto, frango e queijo gratinado.



A lasanha é outra boa pedida, a qualidade dos ingredientes é inquestionável.




Eu sempre vou nos agnolottis de musarela com molho parisienne que é basicamente um molho Alfredo mais com cogumelos...servido em fonte para manter o calor é um dos meus preferidos.


Os restaurantes são um charme só. Este da foto é aquele que fica no bairro de Belgrano, na Avenida del Libertador.



As sobremesas jã foram melhores, perdendo aquele ponto de excelência de anos atrás, mas mesmo assim são um bom final de almoço.
Algumas opções foram tiradas do menu mas outras continuam, como esta tulipa  de sorvete com geleia de frutos vermelhos.




O cafe não esta incluso, mas poder substituir a uma sobremesa, como no meu caso, que preferi este cafe gourmet.
Ele vem recheado de delicatessen para aompanhar, cantucci, mini brownies, merenguitos e outros.




Ainda na saída, eles te oferecem uma copa de lemoncelo, e TUDO ESTA DENTRO DO VALOR DO INICIO DA MATÉRIA.

Fiquem de olho também se uma garrafa de vinho estiver na mesa, muitas vezes com o consumo duma delas no restaurante levam outra de graça...da para perder??

O menu é servido também os sábados ao meio-dia (a 280 pesos, 60 reais)



É uma excelente opção, MUITO mais em conta do que muitos almoços executivos aqui em São Paulo em restaurantes da mesma categoria e sem todos os extras.






segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DOIS MALBEC DESCONEHCIDOS QUE VALE A PENA DESCOBRIR


BUDEGUER CUATRO MIL MALBEC RESERVA 2012


Bem vindas as vinícolas jovens com produtos deste tipo! 
Desconfiei no inicio quando soube que pertencia a um mega empresário  (da Província de Tucumán)  ...achei que seria o capricho dum milionário em ter a sua própria vinícola, talvez o seja, mas este Malbec é interessantíssimo. 

 Este Cuatro mil (que é o CEP da província do empresario, uma homenagem), Malbec Reserva se apresenta dum vermelho intenso.
Parte dele é barricado 12 messes, e a madeira aqui também aporta  e não se impõe no vinho. 
Nariz dura logo de cara, mas aos 20 minutos soltou frutos pretos e vermelhos bem maduros, quase em geleia (ameixa, mora, cereja). 

Em boca é convidativo, envolvente, de boa estrutura e final frutado bem persistente. 
Não é um vinho caro na Argentina, na faixa dos 30/35 reais... boa opção.

Possuem uma linha jovem Plan B e um Cabernet Sauvignon da linha cuatro mil com bom comentários e prêmios internacionais.





 TREZ  MALBEC RESERVA 2008 




De produção limitada, este Malbec era um desconhecido aqui no Brasil.
Na faixa dos 80 reais na Argentina, este Malbec de Bodegas Deumayen (Agrelo. Mendoza) é um Malbec duma cor bem intensa, escura, antecipando já a sua potencia.

Nariz de intensidade media, vinho que se expressa melhor meia hora após de aberto: frutas maduras (ameixas, cerejas), um deixo de canela, toques florais (eu sou ruim demais para identificar cada flor, mas a nariz percebe nitidamente um toque floral e familiar).
Em boca e guloso, bom corpo... madeira presente mas não invasiva, Malbec super equilibrado, que são os que mais gosto, aqueles que conseguem ser concentrados mas sem ser selvagens, boa acidez, madeira e fruta fazendo uma boa parceria e não brigando entre elas para serem as protagonistas.
Final persistente em boca...boa dica para quem dê um pulo na Argentina.
Aqui agora ele pode ser achado no Wal- Mart e em lojas on line de vinhos na interessante faixa  dos 100 a 120 reais. 






quinta-feira, 13 de outubro de 2016

DECERO MALBEC 2011

REMOLINOS VINEYARDS - AGRELO

ELEGANTE e SEDUTOR

2011 não foi um ano fácil, é uma safra que divide a os que conseguem ou não se sobrepor as adversidades climáticas.
Com a sua expertise e a Vinícola Decero (de proprietários suíços, o nome foi colocado porque começaram do zero) conseguiu produzir  este belo exemplar: o Decero Malbec Remolinos Vineyards, em Agrelo.




Boa nariz, convidativa, floral e bem frutada (cereja, ameixa, framboesas), mas o melhor aparece em boca: doce, suculenta, vinho redondo e elegante, delicado; madeira só dando estrutura, sem ser protagonista.
Final amável, sedutor com persistência media alta.
Na Argentina o preço é de 165 pesos, uns 25/30 reais...aqui os vinhos eram importados pela Anna Import, já não mais.
A vinícola se encontra na procura dum importador.

Ha pouco postei sobre o Zuccardi serie A...este custa um 20% mais na Argentina...decididamente muita melhor opção.











segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ATAMISQUE MALBEC 2011 / MONTEVIEJO 2008

Vinhos argentinos com sotaque francês 

Vinicolas de donos ou com enólogos franceses, mas com toda a força que o terroir do Valle de Uco pode oferecer.
Aqui dois grandes exemplares que bem mostram o que o Valle de Uco pode oferecer, vinhos potentes, de guarda...especiais.
  
ATAMISQUE MALBEC 2011


Confirmando sensações  Tinha conhecido ele no Premium Tasting, onde se apresentaram 30 vinhos pontuados 92 o + pelo guru Parker; esse tipo de eventos, de degustações em grandes quantidades, não servem para tirar uma conclusão final dum vinho, ao menos para mim.
Com esse pretexto, as tomo como uma oportunidade de conhecer rótulos novos, marcando aqueles que me deixam algo a mais para compra-los e analisá-los ( e desfruta-los claro) na tranquilidade de casa ou em algum jantar fora.
Fiz uma segunda degustação in loco, na própria vinícola encravada no Valle de Uco e aí decidi comprar dois exemplares para desfruta-los aqui e fazer um analise relaxado, abrindo a garrafa e deixando areja- la uma hora antes.

Vinho que passa 14 messes em roble francês de primeiríssima qualidade, mais 12 messes em garrafa antes de sair ao mercado, confirmou todas as minhas sensações vivenciadas nas duas oportunidades anteriores: nariz marcante e intensa, sugestiva; em boca é elegante e intenso, voluptuoso, vinho que se abre a cada taça, para acompanhar uma carne de caça e continuar desfrutando até matar a garrafa post jantar.

A World Wine importa ele a caros 185 reais.



MONTEVIEJO 2008





Blend de Malbec e Syrah (80/20), este vinhaço do Valle de Uco é vinho de gente grande, com o chamariz de ter sido produzido pelos enólogos Michelle Roland e Marcelo Pelleriti
Os vinhos do Valle, na altura, dão mais expressividade a fruta, o vinho é mais potente, voluptuoso, mais principalmente robusto.
É um vinho complexo, concentradíssimo, vinho de guarda...bebido agora em 2015 ele estava no ponto mais acho que dava para evoluir em garrafa ainda mais.
Em boca é profundo e complexo..fruta vermelha madura, pimenta, taninos bem maduros e redondos, vinho bem estruturadinho; Final cumpridão e persistente.

Acho que ele não é importado aqui, eu ao menos não consegui achar o importador.