segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

EL PORVENIR DE LOS ANDES

 A FORÇA DO NORTE ARGENTINO 

El Porvenir de los Andes é uma das vinícolas mais conceituadas do norte argentino, região que ganha cada vez mais adeptos.
Salta, situada ao Norte de Mendoza, a região vitivinícola mais reconhecida da Argentina, produz vinhos com outra potencia, mais densos, mais igualmente grandes exponentes em muitos casos.
Experimentei uma boa amostra do que eles produzem, com excelentes sensações. 










  AMAUTA - A LINHA PURA FRUTA DO EL PORVENIR  


AMAUTA ABSOLUTO MALBEC



Linha sem madeira do El Porvenir, na sua já interessantíssima linha de entrada.
O Amauta Absoluto Malbec 2014  impressiona logo de cara pela a sua cor: um roxo quase granate. 
Nariz diferente, frutos vermelhos (cereja, guinda) mais também um mix de especias típicos dos vinhos desta região impregnam o olfato, algo licoroso.
Em boca entra doce, brincalhão, mas passa elegante, corpo médio, com um final persistente.
Um muito bom exponente dos Malbecs jovens de Salta, e numa relação preço qualidade excelente na Argentina, onde sai por menos de 100 pesos.
Aqui, a Grand Cru importa ele a exorbitantes 95 reais, mas que agora em Janeiro estão na promoção por 66.

  AMAUTA CORTE II 20014  

Os cortes (blends) desta linha tem um passo curto por madeira e das quatro opções que oferecem, experimentei duas.

Fresco, com a força do terrorir (Cafayate) e ao mesmo tempo amável, elegante corte de Cabernet com Merlot, chamado Respeto.

Sue brevíssimo passo por madeira, entre 6 e oito messes em barricas de segundo uso deixam ao vinho fresco, a madeira só ajuda ao vinho a estrutura-lo, mas não esta presente no palato.
Nariz envolvente, sedutora...os primeiros aromas já conseguem atrair a tua atenção.
Em boca confirma tudo o que a nariz prometia: impacta ao primeiro gole.  
Vinho com muita boa acidez que também entra doce em boca; é voluptuoso, suculento. de bom corpo a bom final.
Apos de ter sido pedido e bebido num restaurante em Buenos Aires conseguiu o que todo produtor deseja: que o cliente fique satisfeito e saia a comprar mais, e trouxe mais duas garrafas para beber aqui...só resta uma

.



 AMAUTA CORTE INNOVACIÓN 2015  
CABERNET FRANC - MALBEC 

Cabernet Franc e Malbec em partes iguais, com um breve passo por barricas.
Nariz convidativa, sugestiva...em boca entra doce, boa acidez; final persistente e brincalhão.
A força do malbec saltenho muito bem equilibrada pelo balsâmico cabernet franc.






















LABORUM - Linha alta gama.


  Syrah Single Vineyard 2011 - Finca Río Seco  

Syrah de altura, com a intensidade do terroir; Aqui o passo por barrica é mais prolongado, 12 messes e só de primeiro uso.
Nariz bem especiada, frutos vermelhos maduros, quase em compota. 
Boca intensíssima, potente...mesmo pronto para beber agora, talvez encontre a sua plenitude em 2018/19.
Concentração, força, estrutura media e final bem power.
Um muito bom exemplar dum vinho saltenho, desta  vez em Syrah.






O Torrontes não é uma uva muito conhecida no Brasil, mas é a uva branca insignia da Argentina, assim como o Malbec nos tintos.Porem, não é Mendoza, a província mas conhecida da Argentina pela produção de vinhos a que destaca na produção desta fantástica uva. Salta, La Rioja e San Juan são, pelas caraterísticas de seus terroirs, as mais aptas para o cultivo, aonde a uva consegue se desenvolver e expressar melhor todo o seu potencial.Este Laborum, como a maioria dos torrontes, não tem passo por madeira, pelo que se sugere sempre comprar vinhos de safras não maiores a dois anos, do momento da compra.E um vinho fresco, super aromático,bem frutado, bem equilibradinho e fácil de beber e que deve ser tomado bem frio, a diferencia dos chardonnay.Os vinhos saltenhos tem um toque selvagem, agressivo em seu tintos principalmente mas também em seus brancos, porem este consegue passar elegante, sem perder essa força do terroir; vinho com perfeito equilíbrio.
Excelente a safra 2011, mas não sugiro compra-la agora, o seu melhor momento passou já  .
Torrontes diferenciado e elegante.
A Grand Cru importa quase toda a linha desta vinícola, e muito deles estão agora com preços promocionais. longe dos assustadores números habituais.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

CARMEN LA LOCA - SÃO PAULO

  LIVING LA VIDA LOCA  

Alguns empresários vem além, não culpam a crise, enxergam um nicho não explorado e decidem que montar restaurantes de cozinha étnica a preços camaradas pode dar certo.
É o caso do Dario Taibo, brasileiro filho de espanhóis quem se associou com um argentino e decidiram começar timidamente lá na Chácara de Santo Antonio, com um restaurante pequeno, num bairro sem tão alta densidade populacional, o Maripili.
O sucesso deste restaurante espanhol deu lugar ao Museu Verônica, em Moema, maior, do próprio Dario e um ex cozinheiro do Maripili...e agora chegou a vez do Dario se espalhar com a sua terceira criação, o Carmen La Loca.


Situado ao lado do Maripili, ele oferece a mesma formula de sucesso, já comentadas neste blog em várias matérias.
Salão mais amplo, garçons cancheiros e com cintura, como foi o caso do Antonio que nos atendeu no ultimo domingo e comida boa, a preços imbatíveis na cidade.

Resultado? Os trés restaurantes vivem lotados, com clientes e proprietários felizes em partes iguais.




Uma porção generosa de tortilha espanhola ou pão amb tomaquet na faixa dos dez reais, buñuelos de queijo ou carne, berinjelas no tempura com mel, ou mollejas, especialidade do dia,  na faixa dos 20.
Cigalas a la plancha (lagostins na chapa) por 30...fomos em quatro e a conta, mesmo com gorjeta não atingiu 50 por cabeça.

Como nos outros restaurantes do grupo, a carta de vinhos é honesta e não dói no bolso, mas também a proposta inclui a rolha sem cargo, você pode levar seu próprio vinho sem custo adicional.

Dá para não se apaixonar por uma proposta dessas? Eu não tenho nada a ver com o grupo, pago meus almoços e as minhas jantas, não recibo mordomia nenhuma, nem conheço o Dario pessoalmente, mas sempre terei o imenso prazer de espalhar uma proposta deste naipe.


Falando de cozinha, todos os pratos atingiram o nível esperado, mas com um claro ganhador do almoço, as mollejas que infelizmente não fotografei.
Correta tortilha, sem se destacar tanto assim mas longe de ser fraca.


Bons buñuelos, melhores os de carne que os de queijo.


 Aquele valor da conta, menos de 50 reais por pessoa incluiu 3 sobremesas...duas tortas Santiago, que pecaram por não ter a umidade certa e a crema de arroz, tipo um creme brulé francês, ganhadora disparada.


Resumo da opera: restaurante de cozinha espanhola para ir de olhos fechados e pedir a vontade,sabendo que a conta não virara uma surpresa desagradável.

Carmen La Loca
Rua Alexandre Dumas 1152,
Chácara Santo Antonio - São Paulo