sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

ALCEÑO

    OS BONS VINHOS DE JUMILLA   


Vinícola centenária de Jumilla, no sul leste da Espanha...região a considerar e muito pela qualidade do seus vinhos dos que já bebi uns quantos, fora os clássicos Rioja, Duero ou Toro.
Produção pequena e vinhos de qualidade numa muito boa relação preço qualidade.
Os dois "ícones" da vinícola estão na faixa dos 10/12 Euros, dinheiro muito bem investido.



  ALCEÑO PREMIUM 50 BARRICAS SYRAH  

Um vinho muito bem logrado; é um syrah mas com un aporte interesantissimo dum 15% de Monastrell.
Curto passo por barrica, considerado crianza media lá, deixam alguns toques torrados, minimos, sem perder por isso as caraterísticas principais do vinho, a fruta e o terroir em primeiro lugar.
Nariz intensa, boca gulosa e final persistente...praticamente tudo o que espero num vinho nesta faixa de preços
Muito bom exponente dos Syrah feitos no sul este da Espanha.



 TW 12 ALCEÑO 2011 


Aqui a equação se inverte, e este vinho Monastrell recebe um 15% de Syrah.
Passa um ano em barricas, o que o viram um vinho mais elegante e de amplitude maior em boca.
Boa nariz, convidativa...fruta madura, algo especiado e boca potente, taninos maduros; Vinho bem equilibrado e com corpo.

Aqui são importados pela Grand Cru, e neste verão estão na promoção!
Aproveitem!!



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

LUMINIS

 15 MINUTOS 
A diferença entre um vinho ruim e um vinhaço




Conhecia os vinhos desta vinícola, de fato fui pessoalmente no fim de 2014 a conhece-los e levei uma gratíssima impressão de cada um dos vinhos que aí se produzem...entre eles este Pedriel Malbec, que foi dos que mais me gustaram naquela oportunidade.
A matéria daquela visita é esta: enogastrogringo.blogspot.com.br/2014/12/vinicola-luminis.html

Não duvidei então em compra~lo quando me topei numa loja de vinhos com uma safra mais nova do mesmo vinho...porem, as primeiras sensações quando abri este Malbec 2013 terroir Pedriel foram diametralmente opostas com o que a minha memoria gustativa lembravam dele. 
Tudo parecia estar dando errado: Primeira nariz intensa mas sem elegância, pouco convidativo e uma segunda que pareciam mostrar um vinho desequilibrado.
Em boca rustico, fechado, taninos muito astringentes, desbalanceado.
Decidi oxigenar o vinho, da~lhe um tempo, permitir que ele se libere e expresse o que tinha de melhor...15/20 minutos deixando repousa-lo nalguns momentos e mexendo a taça em outros foram a diferença entre aquela forte desilusão inicial e este vinhaço em que ele virou nesse curto tempo.

Na minha frente tinha já outro vinho, primeira nariz amável e a segunda já frutada e convidativa.
Em boca mostrou uma elegância notável... com uma madeira (metade do vinho passou maiormente por barricas americanas mas também francesas por 12 messes) que deu estrutura ao vinho mas que não interferiu nem um pouco com o que este vinho tenta mostrar: a frescura, a fruta e a elegância do terroir Pedriel, em Luján de Cuyo, Mendoza
Vinho equilibradíssimo e duma excelente relação preço qualidade, mas difícil de conseguir, ao menos em Buenos Aires.
Lá esta na faixa dos 55/60 reais...aqui não me consta que tenham importador ainda.

Este é um bom exemplo do que uma boa oxigenação faz num vinho e o porquê eu particularmente não gosto de beber um vinho que tenha passo por barrica logo assim que aberto.
Neste caso, os 12 messes de barrica (metade do vinho) e os 9 engarrafado precisavam respirar e viraram dum vinho fechado e pouco convidativo pra um vinhaço...pena não ter trazido mais.