quarta-feira, 14 de setembro de 2016

VINHOS ITALIANOS II -

MONTEPULCIANO - MONTALCINO - MONTECUCCO
 CATAS DE VIAGEM  - vol 2 



MONTEPULCIANO - MONTALCINO 
Com certeza as D.O.C.G mais badalados da Itália e entre os mais famosos do mundo.
Vilarejos minúsculos, perto um do outro, com uma ubicação geográfica abençoada para a produção de vinho.Aziendas e cantinas se espalham nesta bela parte da Toscana.
Aqui nascem alguns dos vinhos mais caros da Itália, mas também existe um universo de grandes vinhos com preços mais camaradas, que foi aonde apontamos...nos degustamos aqueles com preços de menos de 50 Euros, pelo que tivemos uma boa amostra do que aqui se produz; amostra que poderia ser maior se Ryanair me tivesse entregado a mala despachada do mesmo jeito que eu dei para eles em Roma em viajem para Madrí: com dos Brunellos de Montalcino e um Nobile de Montepulciano Reserva dentro!.




Voltando ao assunto, os dois vilarejos são de cita obrigatória para todo amante do vinho pois reúnem todas as condições que todo enófilo gostaria de encontrar: são pequenos, facílimos para visitar a pê e com lojas de muitas das cantinas/aziendas, uma ao lado da outra.
Enotecas que adicionam rótulos dos pequenos produtores locais e outras lojas com "prodotti tipici", tanto na rua principal e em cada uma das ruelas que vão aparecendo completam o panorama.
Paraíso para os foodies e os enófilos... mas também, e jus dizer, bastante mais turístico, montado para o turismo do que imaginei .










ERCOLANI 



Azienda relativamente jovem, criada ha menos de 30 anos e vinhos interessantes: de fato fizemos uma degustação geral no vilarejo de varias aziendas para saber quais seriam os que íamos comprar e a Ercolani sobressaiu.


ERCOLANI VINO NOBILE DE MONTEPULCIANO D.O.C.G 2011
 Pelas causas apontadas, catei vários naquele momento mas sem fazer as anotações de rigor, pois acabei comprando eles e queria analisa los em outro espaço e em outro momento; da minha seleção só degustei na este exemplar, o mais importante da vinícola.


Vinho que passa 24 messes em barricas e mais 6 engarrafado; blend de Sangiovese, Prugnolo Gentile, Canaiolo Nero, Mammolo e Colorino. 
Boca e nariz duras logo no início (vinho que na minha impressão precisa ser decantado primeiro), mas como foi bebido ao lungo de dois dias fomos apreciando a transformação deste vinho:a nariz virou delicada, soltando uma fruta vermelha convidativa. e a boca também se beneficiou dessa transformação: harmoniosa, agradável já no segundo dia.
Na faixa dos 15 Euros, esta bem pelo que entrega.



Gostei bem menos deste outro:
ROMEO VINO NOBILE DE MONTEPULCIANO  D.O.C.G 2011


Sugerido numa enoteca local, não apaixonou, mesmo degustado em dos dias diferentes. 
Blend maioritariamente de Sangiovese e Prugnolo gentile (variedade do sangiovese), entregou taninos muito fechados, e uma nariz que não despertou suspiros.
Trata-se dum vinho para comprar e esperar a sua evolução...mas 19 Euros no meu caso não muito bem investidos.






  MONTECUCCO  


Surpreendente região com muitos bons exemplares degustados; um deles foi o 


POGGIO TREVVALLE 2012 MONEUCCO ROSSO D.O.C


Montecucco esta um pouco mais ao norte de Montalcino, e seus famosos Brunellos D.O.C.G.
A cantina Poggio Trevvalle é um pequeno produtor e com pequena produção para este vinho, de só 5.000 garrafas;
Blend de sangiovese (60%), e o 40 restante aportado pelo cabernet sauvignon e merlot.
1 ano barricado e seis messes de garrafa criaram um vinho bem estruturado, fruta vermelha em nariz (mora) e uma boca com final doce e seco, sem tanta persistência..
Vinho duns 13 Euros lá e de 5 a taça num restaurante, com bom RPQ.
ASSOLATI MONTECUCCO(D.O.C.G) SANGIOVESE

Um sangiovese ao 95% e um blend de uvas no 5 restante para este vinho fácil de beber, com passo por barrica menor a um ano e um trimestre engarrafado antes de se apresentar.
Nariz brincalhona, intensa com  nítida ameixa e toques florais.
Em boca é bem tânico...interessantíssimo - 5 Euros a taça num restaurante


CHIANTI

VIGNA LA QUERCIA Chianti Colli Fiorentini DOCG RISERVA 2008 

Sangiovese 90% e Cabernet Sauvignon 10%. Outro com um ano de barrica.
Bebido em dois momentos diferentes no mesmo dia (almoço e janta), na segunda vez se mostrou mais solto.
Se distingue e claramente o minimo aporte do cabernet, dando robustez ao vinho.
A madeira aporta e soma para o produto final sem ser invasiva; bom exemplar duns 25 Euros no restaurante.
Fresco, frutado, especiado, suculento sem ser memorável, redondo, elegante, saboroso... bem gastronômico  e que acompanhou e muito bem uma burrata com tomate e uns sanduíches em ciabattas com presunto parma e San Daniele D.O.C.
Outro de produção pequena, 13.000 garrafas por safra.




      


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