O universo vitivinícola na Itàlia é imenso e complexo; mesmo existindo localizações famosas e reconhecidas como Chianti ou Montalcino, as regiões vinícolas são muitas, e cada uma delas se dividem em sub-regiões, todas com seu IGT (indicação geográfica típica) ou os seus D.O.P ou D.O.C.G (denominação de origem controlada e garantida).
A uva sangiovese é a bandeira da Itália, uva que também se da e muito bem ao ser misturada com outras, produzindo blends antológicos como os supertoscanos; as opções são infinitas e em cada região o leque de opções de vinhos e vinícolas é gigantesco.
Diante a semelhante universo, trés semanas na Itália deram para experimentar somente alguns vinhos e conhecer só uma ínfima parte do que o maior exportador de vinhos no mundo tem a oferecer.
Esta primeira matéria de muitas que virão pela frente só pretendem refletir as minhas sensações pessoais com os vinhos experimentados; de jeito nenhum significa que caso regiões ou vinhos específicos não apareçam nos informes são menos interessantes...simplesmente não tive a chance de degusta-los.
TOSCANA
Foi a região onde mais tempo eu passei e consequentemente, provei mais vinhos;
Toscana se subdivide em muitas sub regiões, cada uma com seu IG.T ou D.O.C.G
Aqui colocaremos todo dentro duma unica região, a Toscana, mas especificando claro, seu lugar de origem.
Entre os que mais atrairão a minha atenção esta o
AVIGNONESI I.G.T GRIFI TOSCANA 2011 - sedutor -
A safra 2011 entregou um blend 50 e 50 de Sangiovese e Cabernet Sauvignon, o que não sempre acontece.Carvalho diferenciando para uma uva e a outra; aqui a vinícola tentou, e com muito sucesso, colocar na mistura um cabernet potente e bem encorpado no uso de carvalho novo com a sutileza do sangiovese, que repousou em carvalho de segundo e terceiro uso, os dois por 16 messes repousando e mais 6 engarrafado antes de sair ao mercado.O resultado foi um vinhaço!...uma nariz intensa, floral e bem frutada (cereja, algo de framboesa) e bem estruturado em boca, elegante, final persistente, ardidinho.
PIAN DI REMOLE TOSCANA I.G.T 2013 de MARCHESI DE FRSCOBALDI
- Versátil -
Vinho gastronômico, que harmoniza e muito bem com vários pratos e entradas frias.
Corte de sangiovese (85%) com cabernet sauvignon, passa 4 messes em inox e dois engarrafado, pelo que não é um vinho de guarda e se aconselha beber sempre as safras mais novas.
Fresco, frutado, de corpo médio e fácil de beber...vinho de 6 ou 7 euros e de 15 num restaurante.
UMBRIA
CIMBOLO POGGIO BERTAIO - surpreendente -
, vinho dum caráter extraordinário.100% sangiovese que repousa 30 messes em carvalho e mais 24 antes de aparecer no circuito de vendas.Tivemos sorte que nos foi aconselhado e servido num restaurante que já tinha a garrafa aberta, pois dificilmente um vinho deste naipe ia conseguir se expressar assim que aberto.É um I.G.P UMBRIA de guarda, mas que estava na curva acendente e pronto para ser bebido.Começarei pelo final: o final de boca é memorável, mas claro que aportam também uma nariz com muita canela e ameixa, e um passar distinguido, intenso e persistente pelas papilas gustativas.Vinho saboroso, mineral e com taninos redondos e integrados.
, vinho dum caráter extraordinário.100% sangiovese que repousa 30 messes em carvalho e mais 24 antes de aparecer no circuito de vendas.Tivemos sorte que nos foi aconselhado e servido num restaurante que já tinha a garrafa aberta, pois dificilmente um vinho deste naipe ia conseguir se expressar assim que aberto.É um I.G.P UMBRIA de guarda, mas que estava na curva acendente e pronto para ser bebido.Começarei pelo final: o final de boca é memorável, mas claro que aportam também uma nariz com muita canela e ameixa, e um passar distinguido, intenso e persistente pelas papilas gustativas.Vinho saboroso, mineral e com taninos redondos e integrados.
TERRE DE TRINCI MONTEFALCO SAGRANTINO D.O.C.G
- enigmático -
É produzido por uma das cantinas mais velhas de Itália, e a mais velha da Umbria.
Talvez precisava se abrir mais, passa 12 messes em barrica e seis engarrafado, mas não provocou grandes suspiros. Uva sagrantino a um 100 %, nariz interessante, curiosa mas uma boca que não me apaixonou.Robusto mais um pouco duro, não tão convidativo em boca, fiquei esperando algo a mais que não chegou. Foi bebido em dois dias diferentes, no segundo dia ele estava mais solto, mais ainda sem ser sedutor.
ARNALDO CAPRAI 25 ANNI
- desilusão -
Tal vez seja a uva, mas mesmo sendo escolhido o melhor da Itália e elogiado por todos, não me conquistou.
Estava na minha lista quando sai do Brasil para experimentar, mas no caso deste, foi aberto na hora num wine bar em Volterra, e para um vinho que passou 24 messes barricado e mais 8 engarrafado é logico que não expresse todo o seu melhor ao primeiro minuto. taninos muito rústicos ainda...daremos uma segunda chance.
VENETO
PAXXO STEFANO ACCORDINI 2012 - ROSSO DEL VENETO IGT
- aditivo -
Vinho duns 17 Euros e de 30 na "Osteria Enoteca Alcova del Frate" em Verona, onde foi sugerido e completamente consumido em não mais duma hora.
Blend raro que deu certíssimo, com 60% corvina, e o 40 restante dividido entre cabernet, rondinella e merlot. Cada uva aporta o seu para o bem do produto final: a amabilidade da corvina combina muito bem com a persistência e o final de boca do cabernet; o merlot da algo de elegância e refinamento ao palato.
Passa 12 messes em barricas e mais 6 engarrafado, que parecem os suficientes para mostrar toda a sua expressividade assim que aberto...provavelmente deixado uma hora aberto antes de ser consumido potenciaria as suas qualidades, mas a maioria de nos num restaurante ão temos esse tempo disponível.
Nariz intensa, perfumada, herbácea e licorosa. Boca compradora, intenso, persistente, mais fácil de beber ao mesmo tempo...quase aditivo; final firme e brincalhão, pedindo sempre mais outra taça...assim foi que acabou rápido, quase antes dos principais chegarem.
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