O EXTRANHO CASO DO FREDDO EM SAO PAULO

freddo

Posso dizer que conheço Freddo como poucos...não só pelo fato de ser argentino, ate porque a historia desta sorveteria começa em La Plata,  uma cidadezinha a 60 km de Buenos Aires onde eu nasci também, e tive a sorte de frequenta la bem de moleque, pois ficava a meio quarteirão da loja da minha avo, que eu com frequência interessadamente visitava.
Originalmente nem era uma sorveteria só...era uma loja de venda de frutas também...a qualidade era tão especial que rapidamente chegaram na grande cidade para fazer uns dos maiores sucessos...ao ponto de se espalhar por toda a cidade, o interior de Buenos Aires, o interior da Argentina, para sair depois  a Uruguay, Brasil, até Londres, onde funcionam com o nome do Freggo.
Depois eles venderam para o Grupo Exel que desenvolveu a ideia das sorveterias com cafeterias, mais isso é uma história bem longa que outro dia ampliarei.

Eu amo sorvete, e antes deles chegarem aqui em SP em 2011 tomei muita porcaria... me guiando por revistas supostamente especializadas (da pra entender que para estos especialistas, a melhor sorveteria 2013 seja uma que abriu as portas ha 5 messes?...não é suspeito demais????).

Indo ao assunto, ja experimentei Vipiteno no Itaim (correta), Bella Paulista (melhor nem falar) e Baccio di Latte (boa), dum impressionante sucesso em SP desde que em 2012 foi escolhida a melhor sorveteria da cidade por aqueles "especialistas".

Eu tomei todos eles, e Fredoo é DISPARADO o melhor e aí fica minha duvida, pois a minha sensacao é que surprendentemente Freddo nao decolou aqui em SP  ainda, tevi a chance de ver no Sabado do feriadao (16/11) a loja de Moema com algum publico, mas por acaso passar também pela esquina da Rouxinol com a Inhambu, pleno coracao de Moema, a 5 quarteiroes do Freddo...e ver a Baccio di Latte EXPLODIR  de fregueses!!.

Freddo sempre utilizou o conceito de esquinas para as suas sorveterias em Buenos Aires e no interior da Argentina também...sempre lojas grandes,bem visíveis, mas aqui em SP talvez por o não conhecimento da cidade, por um erro de marketing ou pelo que seja , se instalaram em shoppings, em ilhas ou espaços abertos e escolheram a Moema, um bairro de alto padrão com uma alta densidade demográfica, mas numa rua charmosisima mas perdidinha, onde nada parece funcionar (o restaurante El Patio, espanhol, já foi embora, Philippe na outra esquina só sobrevive e alguma cafeteria que abriu do outro lado da rua também já fechou as suas portas.

E o conceito que Freddo tinha fora do Brasil é o mesmo que o Baccio di Latte esta aplicando em referencia a posicionamento: ESQUINAS...já  pegaram a de Bela Cintra e Al. Tietê em Jardins, conservam a primeira loja na Oscar Freire e agora outra esquina estratégica em Moema, e a ultima joia: uma charmosíssima esquina na Madalena, na rua Harmonia.

Sou freguês fiel de Freddo (nenhum vinculo nem comercial nem de nenhum tipo com eles), e fiquei empolgadíssimo quando eles chegaram, pois o sorvete, que eles inteligentemente decidiram importar desde Argentina e não produzir aqui para manter intato o sabor com o qual viraram referencia mundial  é SENSACIONAL! , mas nao deixa de me chamar a atenção esse escasso sucesso paulista.

OBS: Na ultima viista, o 28/12 no shopping Paulista fui informado que só poderia pedir 3 sabores para o pote de 1/2 quilo... minha postura firme obrigou a atendente a mudar de ideia, mas fica a seguinte pergunta: não deveria ser uma escolha do cliente e não uma imposição do Freddo (ou da atendente)?
Talvez isso comece a explicar, somado a eles não terem aqui, a diferença da Argentina, um sistema de fidelização com os clientes aquilo do pouco sucesso em terras Paulistas.