DIARIO De VIAGEM - MENDOZA - GASTRONOMIA III
MARIA ANTONIETA
COZINHA SURPREENDENTE, O RESTO PRECISA MELHORARMARIA ANTONIETA
Super sugerido desde diversas fontes, não podia passar por Mendoza e não conhece -lo.
As sensações foram, culinariamente falando, perfeitas, pois os verdadeiros craques estão na cozinha, aqueles que trabalham expostos ao publico, num restaurante cheio numa sexta a noite, dia da minha visita, e conseguem dar não só conta do recado mas executar cada prato perto da perfeição.
Fora a cozinha, fantástica ( vi incluso outros pratos que passaram para outras messas) o resto não atingiu nem de perto este nível.
O lugar não é charmoso, as cadeiras são desconfortáveis, o serviço é irregular, alguns garçons atenciosos, mas a outra metade deles que não tem a minima ideia do que o atendimento ao cliente deve ser.
A host não ajuda muito nem é simpática e a carta de vinhos...ai ai ai a carta de vinhos!
Preços desproporcionados, ridículos, ao ponto tal que o Las Perdices Reserva Don Juan 2010, já caros 360 pesos no restaurante1884 de Francis Mallmann, aquí estava 420 ...absurdo!
Os investimentos dum restaurante e do outro nem se comparam, o nome e o nível ainda menos, pelo que é inexplicável uma carta de vinhos desse naipe neste, proibitiva para quem mora lá.
Acabamos indo numa taça do gostossísimo blend de chardonnay com sauvignon blanc de Clara Benegas da vinícola Benegas e outra de Animal malbec do Ernesto Catena, mas dos vinhos farei matérias separadamente.
Voltando pra o melhor, a comida, informados do tamanho das porções decidimos dividir um principal como entrada e pedir outro principal para compartir também.
A Caçarola de Maltagliatto com centolla gratinada uns fetucchine de centolla, chegam na mesa na própria fonte onde foram acabados e gratinados, brilhante ideia pois remete a cozinha da vovó, seduzindo inicialmente ao cliente no visual.
Apos da sua entrada triunfal, o prato devolve todas as sensações que o cliente criou se assim que a fonte chegou na mesa.
Deliciosa e delicada creme de leite que harmoniza perfeitamente com o fruto do mar (carnudo e generoso) e a massa...prato memorável!
O olho de bife, macio, tenro, suculento também foi outra grande pedida...o prato num todo pecou pela fraca apresentação e quantidade do purê de batatas, escolhido como acompanhamento.
Servido numa bandeja quase plana, o purê perde temperatura rapidamente, talvez foi o único lunar que mencionar da cozinha.
Não pedimos sobremesa, era nossa ultima noite em Mendoza e a maratona gastronômica tinha passado factura em nossos corpos.
Sabendo pedir não acaba sendo um lugar caro, com entradas na faixa dos 120/150 pesos (20 a 25 reais) e principais acima dos 180 (entre 30 a 40 dilmas); agora se descuidando, pedindo demais e bebendo uma das caras garrafas de vinho da carta a piada pode atingir uns 200 reais...A nossa menos de 80.
Na cultura argentina a mesinha fora é super disputada, nem tanto aqui no Brasil.
Numa noite de calor, que Mendoza acostuma entregar muitas nesta época do ano é uma boa opção também.
María Antonieta
Belgrano 1069, Cidade de Mendoza
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