sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PREMIUM TASTING SAO PAULO II

 TASTING DAY 
- AS PRIMEIRAS 15 PEROLAS

Ou grande evento que teve aos grandes winemakers argentinos  na Casa Argentina em São Paulo dando clinicas no primeiro dia, já sucintamente apontadas na primeira matéria, expus os 29 rótulos ao dia seguinte, o dia da grande cata a cegas.

Daniel Pi. Ale Vigil, Eu e Seba Zuccardi
(credito da foto: Janice Prado)
As 29 joias que o Nicolás Aleman, organizador do evento trouxe junto foram servidas em flights de cinco, descobertas e comentadas pelos apresentadores.

Estes foram os primeiros 15 da tarde, alguns já se importam aqui, outros ainda não, mas copiei a foto do Premium Tasting pois é bem ilustrativa e concisa: preço, pontuação, vinícola, enólogo e a importadora local.







A CATA


Vigil, Michelini, Martorelli e Mounier


Colome Torrontes 2013O primeiro foi um branco, o único do dia: dos mesmos produtores do Amalaya (parece um avanço dum filme nê?)  foi apresentado este delicioso torrontes que mostra toda a tipicidade do solo saltenho, da variedade branca insignia da Argentina... é um torrontes elegante, delicado, menos selvagem que o Amalaya.
Final sem retrogosto amargo, o preço de 55 reais da Decanter: corretíssimo , RPQ MB+


Dos 4 tintos apresentados na sequencia no primeiro flight, dois chamaram particularmente a minha atenção:
EL ESTECO FINCAS NOTABLES MALBEC 2011 
ATAMISQUE MALBEC 2011

foto: WofA


credito da foto: Janice Prado

O El Esteco, ganhador do flight,  surpreendeu ao explodir em boca, carnudo, voluptuoso e com um final luxurioso , quase aditivo. Os 15 messes barricado deram estrutura ao vinho, mas não deixando a madeira ser invasiva.
O Atamisque, de 14 messes de barrica e mais 12 engarrafado mostrou uma nariz bem intensa, dominante, marcando presencia. Em boca se mostrou elegante, bem intenso,untuoso, taninos bem integrados,  com potencial de se expressar melhor ainda do que na tarde do tasting, outro a beber em Mendoza saboreando cada gole.


Do segundo flight escolhi 3:

Gran Enemigo Single Vineyard Agrelo 2010


 Foi o melhor do flight: Alejandro Vigil, que também é o enólogo da Catena Zapata, criou a Vinícola Aleanna junto com Adrianna Catena e este vinho é um dos mais belos exemplares desse projeto. 
Alejandro Vigil é um dos caras mais influentes na industria, e mesmo pudendo se estabelecer numa zona de conforto, o cara vai alem: escolhe o desafio; o cara é um desbravador, um curioso, um pesquisador incansável... todos nós agradecidos.





Este Cabernet Franc é delicioso, elegante, sofisticado e com um final de boca de filme!. 
A amabilidade do Cabernet Franc encontrou em Agrelo um terroir para expressar a sua fineza... e na mão do Ale uma ferramenta genial, um parceiro de luxo para crescerem juntos na Argentina. 
Ainda não testei o mesmo vinho que ele faz em Gualtallary, um outro terroir próximo e a mais altura ...agendado também para a viagem.





Gostei muito do  Bramare Cabernet Sauvignon Luján de Cuyo 2011... porém não achei logico mistura-lo num flight de Cabernet Franc e menos ainda coloca lo no meio do flight; um cabernet sauvignon barricado 18 messes com uma sedução visual, uma intensidade aromática e uma redondez no palato bem marcantes, com um final persistente; vinho equilibrado, concentrado e com taninos doces, agradáveis.











O terceiro foi o Paz Cabernet Cabernet 2012 , um blend 50 e 50.Vinho elegante,  frutado,  gastronômico, com boca gulosa e final persistente.Agradou e muito, mas de Fincas Las Moras eu tenho meu favorito: Aquele Gran Syrah 3 valles.









Do ultimo flight destes primeiros 15 gostei muito dos últimos três: começando pelo belíssimo  Decero Amano Remolinos Vineyard 2011, um corte de Malbec e Cab.Sauvignon principalmente com pequenos aportes de Petit Verdot e Tannat, barricado 22 messes + 10 de garrafa.
Um blend contundente, bem aromático (cereja preta, ameixa madura), um vinho equilibrado em boca, complexo, madeira integrada e um final de boca que apaixona.










Também achei sensacional el Alfa Cruz Blend 2007, corte de Tempranillo, Malbec e C.S ...60/25 e 15.
Nao tinha experimentado ainda um blend dessas carateristicas, onde predomina o Tempranillo por sobre o Malbec mas fiquei gratamente surpreendido com este Alfa!
Os 20 messes de barrica fizeram e muito bem a uva espanhola; Achei este corte superior ao Alfa Crux Malbec comentado ha pouco em outra  matéria.









Finalmente, o Zorzal Field Blend 2012, corte de  75/25 CS e Malbec, de 20 a 24 messes barricado.
Vinho complexo com muita estrutura que experimentarei melhor em Mendoza em Novembro


Observações: Chamou a atenção porem que a grande e indiscutível Susana Balbo, uma das apresentadoras e das mulheres mas influentes na industria , só lesse os comentários da ficha técnica, não aportando as suas sensações no momento da cata.
Outro ponto a considerar e melhorar é a temperatura do serviço...alguns chegaram frios demais para apreciar todas as suas virtudes.


Na próxima matéria os últimos 14 vinhos e as considerações finais do evento.


Saúde!

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