Confesso que tinha minhas duvidas quando decidi reservar, pois alem do preço não ser econômico, 210 reais por barba, sempre fica o receio dos tamanhos das porções...eu não sou aquele que gosta de tudo na conta e nada no prato.
Decidi arriscar e foi, culinariamente falando, una das melhores decisões da minha vida.
A favor tinha que eu já conhecia a casa, e consequentemente a qualidade da sua cozinha, alem do salão ser um charme só.
Tinha tudo para dar certo e deu certíssimo!
Pra começar as ostras (foto de capa), uma para cada temperada com maionese de vieiras e abacate; bom apetizer, para ir abrindo o apetite.
Seguiram os cebiche clássico e chupe ambos com leite de tigre.
O clássico é já um carro chefe da casa e pode ser pedido qualquer dia... saboroso, fresco, leite de tigre na medida certa e um prato de execução correta
O de chupe não me empolgou, camarões crus não são muito minha praia...provavelmente o prato menos acertado ao meu palato.
Na sequencia a estrela fria da noite:
O delicioso Atum Toro em molho de maracujá...atum carnudo e que combinou perfeitamente com esse adocicado diferente do maracujá.
Saborosíssimo também o tiradito de vieiras, na sua própria maionese, pimentão amarelo e abacate.
Tocou pra ele concorrer com o atum e por isso acabou virando um coadjuvante, quando o prato em si próprio tinha todas as condições para sobressair.
Um La Mar lotadíssimo, quem não reservou perdeu.
Os quentes começaram a aparecer...um melhor do que o outro.
Juntos vieram o Lagostim na pedra com pimentão amarelo, lagostim suculento e muito bem temperado e o outro carro chefe da casa, o polvo anticuchero.
O polvo é para mi a grande estrela do restaurante e a razão pela que eu vou lá.
Desta vez não foi feito na chapa, o Anthony deu a sua versão desta iguaria, com chimichurri de pimentões e maionese de vieras, mas deliciosamente acompanhado por umas batatas aplastadas.
polvo carnudo, bem temperado e um prato com todas as texturas: a batata cremosa e embebida pelos pimentões contrastou genialmente com a textura do polvo...brilhante!
E ainda tinha mais por vir, um peixe inteiro frito apresentado até com cabeça na mesa.
Frito sem exageros, e com um interessante molho de alho, alem de alhos laminados.
Prato que poderia ter sido a estrela da noite, mas naquele momento da noite as iguarias que já tinham passado e o tamanho das porções deixaram pouco espaço para continuar esta verdadeira orgia gastronômica.
Por incrível que pareça não vinho sozinho, tinha um segundo prato acompanhando, um arroz nortenho junto a uma bochecha de buri, gostoso mais do qual só consegui beliscar o peixe.
Sobremesas diferentes: Sobressaiu o "Cachanga", uma massa frita, leve e saborosa com aditiva mel de maracujá e frutas diversas, framboesas, uvas e kiwi com sorvete.
Empolgou menos o sorvete de queijo com leite de coco, canela e espuma de coco mas que não desmereceu nem um pouco a fartura, a qualidade e a originalidade da proposta.
Brilhante iniciativa, execução e tempos de serviços genialmente conduzidos, com um serviço em salão exemplar.
Parabéns Anthony Vázquez, parabéns La Mar!
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