Como vem se repetindo ano a ano, São Paulo teve a sua feira de vinhos mais importante do ano nos dias 22,23 e 24 de Abril, os mesmas datas do ano passado.
A feira continua contando com a presença dos principais países produtores do mundo, sendo um ímã para pequenos e medianos produtores europeus querendo morder uma fatia deste gigante mercado brasileiro.
Houve uma alta qualidade nos produtos oferecidos, mas fiquei com a sensação que uma feria deste porte precisa segmentar mais um pouco a qualidade dos visitantes, e dividi-los em dias diferentes, pois os produtores, que pagam seu espaço e que tem um custo importante para se locomover ate aqui para apresentar seus produtos, vem para fazer negócios, business, trade, achar importador na maioria dos casos pelo que necessitam dias exclusivos para profissionais, aqueles que realmente tem decisão de compra, e deixar para outro dia aos visitantes, e mesmo aos sommeliers, que degustam mais do que decidem.
Falando do que a feira entregou, esta vez só fui dos dias, pois o outro coincidiu com o Malbec World Day, pelo que a minha visão não foi completa como nos anos anteriores.
Boa presença francesa, principalmente com Champagnes, brancos e rosados.
Dos brancos gostei e muito do o CROCHET do Domaine Dominique et Janine de SANCERRE na região de Loire.
Um sauvignon blanc diferente dos chilenos que acostumamos tomar por aqui.
Uma nariz aromática e expressiva,algo mineral e uma boca mais complexa....para ficar de olho se finalmente acham importador.
O branco do novo mundo escolhido ganhador pelo juri local foi o chileno CASAS DEL TOQUI Gran reserva Terroir Selection, mas infelizmente nas duas vezes que me aproximei do balcão o vinho NÃO ESTAVA DISPONÍVEL.
Escrevi já sobre o Casas Del Toqui, falando dos vinhos de entrada da adega, com boas sensações...lamento não poder falar sobre este de alta gama ainda.
Amei o rosado ganhador, o Saint Sidoine Cõte de Provence 2014, do Cellier Saint Sidoine, com a frescura e a leveza que se espera dum rosado, mais duma elegância marcante.
O Champagne ganhador foi a Champagne NOSTALGIE, de Georges de la Chapelle , uma champagna predominantemente chardonnay, mais com o 30 % restante aportado por dois Pinot, o noire e o meunier.
Esta champagnera, o George de la Chapelle, produz outros 5 tipos de champagne, e este é seu icone.
Passa ao menos 4 anos em cava e o resultado é uma bolha de uma finura, duma delicadeza surpreendente.
Em nariz os frutos secos governam logo de cara deixando sutil passo a algumas especiarias , enquanto em boca a noz continua sendo protagonista. Grande frescura, estilosíssimo.
Uma champagne de sonho realmente, para se ajoelhar e bebe lo gole a gole...a piada não é barata, já custa de 40 a 50 Euros lá, pelo que imagino que sera comercializado aqui não por menos de 500 reais.
Dos tintos, os que mais degustei nestes dois dias, me surpreenderam gratamente alguns italianos, os de VILLA TRAVIGNOLI em particular e seu TEGOLAIA, ao ponto tal que os adicionei na minha lista de vinícolas "aziendas" a visitar na Toscana nesta viagem da qual acabei de retornar.
Sobre estes farei uma nota separadamente, pois acabei visitando a azienda e degustando toda a linha de produção.
Continuando com os italianos, chamou e muito a atenção que na Toscana exista uma produção de Tempranillo, uva predominantemente espanhola... é o caso de Pietro Beconcini e seu IXE, importado aqui pela Prosecco Express, a interessantes 109,90 reais, conforme seu site indica.
O Ixe tem a ver com o X , porque nem eles sabiam que essa vid era de tempranillo originalmente.
Houve uma ampla variedade como acontece em cada edição de tintos argentinos, e de muita boa qualidade.
A vinícola Renacer, com seu R, ícone da adega, levou o premio do juri como melhor tinto do novo mundo da feria.
Vinho de gente grande, passa barricado em carvalho francês 24 messes e mais 6 em garrafa antes de sair ao mercado.
Robustez, corpo, nítida framboesa em nariz, um muito bom equilíbrio entre fruta e madeira surpreendem deste exemplar; final persistente com taninos potentes...um vinho que tem para evoluir e muito em garrafa ainda.
Os Punto Final também foram apresentados pela vinícola, com uma ótima relação preço qualidade.
Vinho de gente grande, passa barricado em carvalho francês 24 messes e mais 6 em garrafa antes de sair ao mercado.
Robustez, corpo, nítida framboesa em nariz, um muito bom equilíbrio entre fruta e madeira surpreendem deste exemplar; final persistente com taninos potentes...um vinho que tem para evoluir e muito em garrafa ainda.
Os Punto Final também foram apresentados pela vinícola, com uma ótima relação preço qualidade.
Atamisque trouxe uma nova linha, os Condeminal, dos quais também farei uma nota separadamente incluindo o seu surpreendente espumante.
Navarro Correa, um gigante da industria na Argentina, apresentou a gama completa do seus produtos, e também terão a sua matéria por separado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário