sexta-feira, 4 de agosto de 2017

RIOJA - BODEGA E MUSEU VIVANCO


 VISITA IMPRESCINDÍVEL 
EGG on the road 



Nesta bela paisagem da Rioja Alta, no povoado de Briones se ergue a Bodega Vivanco, obrigatória para quem planeja as suas ferias eno turísticas em Rioja. 

A bodega é injustamente pouco reconhecida pela qualidade do seus vinhos, de excelente RPQ em muitos casos, mas existe uma razão de peso: o Museo Vivanco de la Cultura del Vino, no mesmo complexo e também pertencente a Família Vivanco rouba todas as atenções, sendo de visita imperdível pois narra, mostra e vivencia a historia do vinho desde seus origens.
O museu é uma visita que deve ser planejada para dedica-lhe o tempo suficiente, pois a quantidade e qualidade do material aqui exibido é de tirar o fôlego.

     

São 4.000 m2 em seis salas, uma tão imperdível quanto a outra.A recompilação histórica com manuscritos, pinturas, obras de arte em geral, lagares, maquinarias, peças é verdadeiramente impressionante, tudo aggiornado aos tempos de hoje, museu moderno bem didático, interativo e educativo.


Existe uma explicação minuciosa e detalhada de todos os tipos de uva, todos os tipos de solo, de como uma barrica é fabricada, de como a uva vira vinho com imagens surpreendentes, das distintas regiões de vinho no mundo...a visita é divertida, leccionadora e completíssima. 





Eu fiquei fascinado vendo passar a historia do vinho diante dos meus olhos, com o craque Daniel Santamaria nos guiando por cada uma das salas com um conhecimento  abrumador.


40 anos de trabalho árduo e de recolecção de peças por parte do seus donos, a família Vivanco, que quiseram devolver ao vinho, quase como uma homenagem, o que ele lhes entregou.

 


O vínculo do homem com o vinho se remonta a épocas bem remotas, 8.000 anos atrás, e o museu cuida e mostra ao detalhe essa fascinação, um highlight na sua visita a Rioja que não da para perder. 
Não é exagerado considera~lo um dos melhores museus do mundo.



Bodegas Vivanco e o museu estão bem próxima a Haro, a menos de 15 minutos de carro de onde se concentram as 'Bodegas de la Estación", numa prazerosa escapada á Rioja Alta, com a bela paisagem da Serra da Cantabria como telão de fundo.


Aqui o enotursimo é um prazer, sugiro chegar cedo de manhã, percorrer com tempo o museu, dar uma parada para almoçar no espetacular restaurante da vinícola (sobre o qual faremos uma matéria separada), ainda concluir a visita do museu para depois conhecer a bodega e seus vinhos.

Amplio leque de opções eno turísticas, pode se ate participar da colheita, fazer cursos de cata, ou combinar varias atrações (Museu. restaurante e bodega), e bom checar o site deles para saber atualizadamente os valores e as promoções: https://vivancoculturadevino.es/es/experiencias/


A bodega, eclipsada pelo museu, também vale muto a pena... vinícola moderna que produz vinhos com muita personalidade, diferentes, exibindo todas as "Riojas" que existem dentro desta região tão famosa.


A bodega foi construída no sentido de interferir o menos possível no seu produto estrela, a uva riojana.
Aqui a tecnologia de ponta, como o controle de umidade da nave, controle automático de cada uns dos tanques esta para ajudar ao protagonista: a fruta
A colheita se faz a mão, a seleção é rigorosa, não se usam bombas para colocar as uvas nos depósitos; O cuidado dela é extremo, respeitando ao máximo o que a terra entrega.

Esta é uma Bodega diferente, até as garrafas, vintage, refletem a paixão da família pela historia, usando o modelo pre industrialização.


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Nossa visita foi curta por questões de agenda, e não desfrutamos da bodega tanto quanto tivéssemos gostado.
Fizemos sim, naturalmente, uma cata completa dos vinhos da bodega, alguns no almoço e outros no Wine Corner, com gratíssimas sensações.

O Primeiro foi o branco da casa: um blend de 3 castas, viura, tempranillo branco e maturana branca, estas duas ultimas autóctones da região. As trés se elaboram por separado e o enólogo estabeleceu as proporções do blend final.
4 messes de inox antes de sair ao mercado, este é um branco fresco e que deve ser comprado em suas safras mais atuais.
Nos experimentamos a safra 2016, a ultima, mostrou uma nariz expressiva, bem perfumada e frutal (melão. maçã).
Em boca entra fácil, acompanha bem comidas leves, mas poderia ser consumido sozinho, como aperitivo ou na piscina ao fim da tarde.
Não me apaixonei por ele, mas é original com uvas da região e duma RPQ alta, na faixa dos 6 Euros lá.


O Vivanco Reserva 2011 provocou os primeiros suspiros no restaurante da vinícola. Vinho que passa alguns messes em tinas de carvalho francês (onde fazem a maloláctica também) antes de envelhecer outros 24 em barricas para este tempranillo com o aporte dum 10% de graciano. Todos os vinhos da vinícola se maceram a frio colocando as uvas a 3º na câmara durante 24 horas com a ideia de extrair a cor e os aromas duma forma mais suave...não sei se é por isso, mas este reserva impactou logo de cara na mesa assim que aberto.

Nariz de fruta em compota e bem especiado, bem sedutora.
Em boca entra caudaloso, intenso, complexo; Se mostra equilibrado com um carvalho integrado.
Suave, aveludado, mas com persistente final, praticamente tudo o que espero dum bom reserva. 
A relação preço qualidade é quase imbatível, na faixa dos 12/14 Euros lá.



O Colección Vivanco 4 Varietales 2014 eu já o tinha experimentado aqui em São Paulo numa cata da World Wine (a sua importadora) com gratas sensações, as que se confirmaram no restaurante. Bebido pausadamente, sentado e desfrutando incluso duma segunda taça e vendo a evolução entre uma e outra.


Este grande blend maioriariamente tempranillo (70%), com aportes de  graciano, garnacha e mazuelo já joga em outras ligas, com um preço diferente também, na faixa dos 30 Euros lá. 
Cada uva se elabora e cria por separado, passando 16 messes de barricas novas e mais um ano em carvalho francês...logo o enólogo as junta nas proporções segundo a safra.
Este 2014, com grande poder de evolução em garrafa ainda, mostrou uma primeira nariz algo austera, mas com a devida oxigenação aos poucos foi mostrando parte do seu potencial: intensidade aromática, mineral, bem especiado, fruta mais vermelha que preta em compota.
Em boca entra guloso, com personalidade...complexo, aveludado, persistente, para beber a garrafa inteira e ver a evolução dele taça a taça, para entender o que a Rioja Alta oferece como terroir para estas 4 castas.

Na cata post visita catei alguns dos especiais da casa, e fiquei extasiado com o Parcelas de Garnacha e principalmente com o Parcelas de Mazuelo 2012, que foi um dos que comprei.



Vinho sobre o qual farei uma matéria oportunamente, pois ainda não abri ele para desfruta~lo a garrafa inteira e analisa-lo detalhadamente.
São duas parcelas, Agoncillo e Alberite, de dois terroirs bem diferentes.
A colheita e a fermentação é feita por separado, passam 14 messe em barricas novas de carvalho francês. Só 1500 garrafas para esta pequena produção e as minhas sensações iniciais, motivo pelo qual adquiri uma garrafa, na faixa dos 40/50 Euros lá, são a dum vinho especial.
Complexo, elegante, equilibrado e diferente.

Resumo da Opera: O Museu é um must que precisa ser visitado, a visita se complementa e muito bem com os grandes vinhos da vinícola, muitos a preços acessíveis e de excelente relação preço qualidade.

Eu incluiria também o restaurante, com menus já montados e até em conta, considerando os preços abusivos que pagamos aqui em São Paulo. Mas o restaurante sera motivo da nossa próxima matéria...em breve
Agradecemos o superlativo atendimento de todos  em nossa visita, e a perfeita sincronização dos tempos para visitar museu, restaurante, bodega e cata.


Gracias Vivanco!!

Bodegas Vivanco
Carretera Nacional 232
Briones, La Rioja

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